:: Opinião

Perplexidade

Ricardo Vívolo, Presidente

A crise sem precedentes que vem assolando o país, desde 2016, por sua duração, abrangência e intensidade muda todas as premissas para o segmento de ráfia (embalagens, tecidos, fibras, tapetes, cordas e redes).

As incertezas provocadas pelas questões geopolíticas, com reflexos nos preços do petróleo e na volatilidade do câmbio, combinadas com o profundo desencanto com as próximas eleições, tem imprimido um ritmo muito lento à recuperação da economia. 2019 apresenta-se como uma incógnita.

A indústria de ráfia vem sofrendo com os sucessivos aumentos da matéria-prima, derivada do petróleo e precificada em dólar e com a queda da demanda, observada nos primeiros cinco meses do ano.

A recente greve dos caminhoneiros e a Medida Provisória 832, que estabeleceu o tabelamento de preços dos fretes, provocando insegurança política/jurídica, intensificou ainda mais a queda da demanda.

Apesar disso, acreditamos que os volumes da indústria de ráfia para 2018 deverão repetir os do ano passado, devido, sobretudo ao agronegócio. Contudo, com preços achatados.

Como podemos observar, o cenário vai exigir ainda mais bom senso e sangue frio, para assegurar a sobrevivência da nossa indústria.

 

 

 

 

AFIPOL - Associação Brasileira dos Produtores de Fibras Poliolefínicas